Decisão sobre novo Audi A3 brasileiro sai em abril

Com o anúncio da fábrica em Araquari (SC) para produção do Série 1 a partir do final de 2014, seguida de outros modelos, a BMW deixou para a Audi e Mercedes a “obrigação” de acompanhá-la no movimento “Made in Brazil”.

Pois a Audi está com planos firmes de fazer o novo A3 por aqui, na fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR) – onde era feita a primeira geração do A3 ao lado do VW Golf. Tanto que a empresa já se credenciou ao novo regime Inovar-Auto, que permitirá a importação de cotas sem pagar o super IPI dos importados, contanto que produza no país (entre outras regras). Segundo uma fonte ligada à Audi Brasil, a decisão deve sair até abril. E, em caso afirmativo, o novo hatch médio já ganharia identidade nacional antes mesmo do Série 1 brasileiro, pois não dependeria do tempo de espera que a construção de uma fábrica exige, como no caso da BMW.



Só que a Audi não pode bater o martelo sem que a Volkswagen opte também por fabricar o Golf VII na unidade paranaense, para viabilizar o projeto. Isso porque ambos compartilham a novíssima plataforma MQB, que será usada em mais de 40 modelos do Grupo Volkswagen num futuro próximo. A produção dos novos A3 e Golf no Brasil abriria uma infinidade de possibilidades, como fazer também o inédito A3 sedã e o crossover Q3, segundo a mesma fonte. Por enquanto, o que está certo é que o novo A3 começa a ser vendido por aqui, como importado, em maio na versão Sport (duas portas) e em junho na Sportback, de quatro portas, sempre com motor 1.8 TFSI de 180 cv e câmbio S-Tronic de sete marchas.

 

A Mercedes também está atenta à essa movimentação. Em visita à Stuttgart no ano passado, ouvi de engenheiros da fábrica que eles já estão trabalhando numa versão flex do motor 1.6 turbo que equipa a nova linha Classe A, exclusivamente para o Brasil. Sinal claro de que a marca da estrela está pensando em algo grande para a gama de entrada em nosso mercado. Os planos preveem a produção do hatch Classe A, do sedã CLA e do futuro crossover GLA no Brasil, mas isso não deve ocorrer antes de 2015.